sexta-feira, janeiro 23, 2009

Crise no mundo globalizado motivará debates no Fórum Social Mundial

Um Fórum Social Mundial revitalizado pela crise global, terá sua nova edição entre 27 deste mês e 1º de fevereiro em Belém. A crise na economia mundial promoverá na capital paraense um debate mais concreto sobre “o caráter da crise” e o modelo de desenvolvimento, disse Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), e um dos primeiros organizadores do FSM. Está prevista a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento nos dias 29 e 30, deixando de lado do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
O Fórum surgiu em 2001 de uma iniciativa “contra a globalização que agora está em crise”, disse Grzybowski. “Uma agenda mais clara” sobre alternativas de desenvolvimento deve surgir desse encontro de Belém, afirmou. Isso significa maior “convergência nos debates” de um fórum que há anos tenta superar a excessiva fragmentação de idéias e atividades.
Em Belém espera-se a participação de mais de cem mil pessoas em cerca de 2.600 atividades, entre seminários, conferências, assembléias, atos culturais, marchas e outras formas de debate e manifestação, além de reuniões paralelas, como as de autoridades locais e as do Acampamento Intercontinental da Juventude. O fórum termina com o “Dia das Alianças”, dedicado a assembléias de coalizões e redes para aprovar ações conjuntas. Este mecanismo pretende estimular aglutinações que avançaram pouco em edições anteriores, reconheceu o diretor do Ibase.
A escolha de Belém, na Amazônia, faz prever também uma ênfase na questão ambiental e climática, além de social. Será a oportunidade de dar voz aos indígenas, ribeirinhos, extratores e outros povos da Amazônia. Os movimentos e as organizações sociais da Amazônia querem discutir modelos de desenvolvimento e alternativas locais.

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