terça-feira, fevereiro 23, 2010

CLS PREVÊ CONFERÊNCIAS NACIONAIS SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS



A proposta da Consolidação das Leis Sociais (CLS) prevê que as políticas públicas sejam elaboradas por meio de conferências nacionais. A informação é de Gerson Luiz de Almeida Silva, secretário nacional de Articulação Social, ligado à Secretaria-Geral da Presidência da República - responsável pela elaboração da proposta a ser enviada ao Congresso Nacional.

A CLS visa a dar status de lei a diretrizes de programas sociais definidas em decretos, portarias e atos normativos que podem ser revogados por iniciativa apenas do Poder Executivo.

De acordo com o governo, as recomendações das conferências têm sido fonte fundamental para a elaboração das diretrizes do programa. “Não há caso em que a conferência aponte uma direção e a política pública pegue o caminho contrário”, assegurou Gerson Silva. “Essa experiência de participação, de diálogo social, ajuda a melhorar as políticas públicas”, avaliou. “Com mais acordos, as políticas acabam tendo uma legitimidade superior”, disse.

De acordo com levantamento publicado pela Secretaria-Geral da Presidência, o Brasil realizou, desde 1941, 109 conferências nacionais, sendo que 60% delas ocorreram entre o primeiro e o segundo mandato do atual governo (2003-2009). A secretaria informou que mais de 4,5 milhões de pessoas se envolveram na realização das conferências nacionais dos últimos oito anos.

Para o cientista político Leonardo Avritzer, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as conferências são “instâncias de agregação”, são “ponto de contato” para uma agenda conjunta entre o governo e a sociedade. Ele disse que as recomendações dos encontros “representam a generalidade de consensos” e citou como exemplo a criação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), previsto na 4ª Conferência Nacional de Assistência Social (2003).

Os gastos com as conferências são especificados nas rubricas de exposições, congressos e conferências e de exposições e espetáculos. De acordo com o site Contas Abertas, em 2009 o governo gastou cerca de R$ 250 milhões com a realização de conferências.

Agência Brasil


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